WELCOME TO CINEMAC

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Monday, December 31, 2012

Cinema Paradiso



Este emocionante e nostálgico filme do excelente cineasta italiano Giuseppe Tornatore, captura a paixão pela arte do cinema e a trágica destruição do "palácio dos filmes" -Novo Cinema Paradiso, vistos através dos olhos de uma criança. Compreensivelmente, "Cinema Paradiso" tornou-se um dos mais populares filmes italianos das últimas décadas, tanto fora quanto dentro da Itália. 

Filmado em flashback, “Cinema Paradiso” conta a história de Salvatore ou Totó (vivido pelo ator Salvatore Cascio), um carismático e inteligente menino que vive com sua mãe, uma viúva da guerra, na pequena e empoeirada vila de Giancaldo, na Sicília, devastada pela segunda guerra mundial. Para fugir da miséria da sua vida diária, Totó encontra refúgio no "Nuovo Cinema Paradiso", a sala de cinema local. O projecionista Alfredo (consagrado ator francês Philippe Noiret) logo se torna seu amigo e professor. Quando Alfredo fica cego em um incêndio, ele ensina o menino a assumir o seu trabalho, como também, encoraja-o a sair dos limites sufocantes da aldeia. Em seus anos de adolescente, Salvatore (Marco Leonardi) se apaixona pela filha de um banqueiro, Elena (Agnese Nano), e ganha seu coração seguindo o conselho de Alfredo: de ficar esperando por sua amada, em frente da sua janela todas as noites. Anos mais tarde, quando Salvatori, já adulto (Jacques Perrin), tornou-se um cineasta de sucesso, ele vê uma montagem, legacia de Alfredo para ele, de todas as cenas de beijos dos filmes exibidos no “Cinema Paradiso” ao longo dos anos - cenas que o sacerdote (Leopoldo Trieste) da aldeia de Salvatore insistiu que fossem cortadas dos filmes. 

 “Cinema Paradiso” possui uma das mais belas trilhas sonoras já feitas, com canções que pulsam a cada cena,  a música tema de “Cinema Paradiso”,  de Ennio Merricone, traz aos espectadores a mensagem comovente e poderosa do filme: a sincera e verdadeira amizade. 

Uma cena encantadora, de uma fotografia belissima, quando Alfredo usa um espelho para refletir a imagem cinematográfica em uma das paredes das casas na praça. A câmera se move sobre a imagem, deslizando pelas paredes, como se assumir uma vida própria. 

"Cinema Paradiso" é uma obra-prima do cinema, um filme sensibilizante que traz uma grande homenagem ao cinema e uma bonita memória da infância.

Prêmios: 

Oscar 1990 (EUA): venceu na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. Globo de Ouro 1990 (EUA): venceu na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. Festival de Cannes 1989 (França): recebeu o Grande Prêmio do Júri. Indicado à Palma de Ouro. Prêmio César 1990 (França):ganhou o prêmio de Melhor Poster. Indicado na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. Academia Japonesa de Cinema 1991 (Japão): indicado na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. Prêmio David di Donatello 1989 (Itália): venceu na categoria de Melhor Música (Ennio Morricone). BAFTA 1991 (Reino Unido): venceu nas categorias de Melhor Ator (Philippe Noiret), Melhor Ator Coadjuvante (Salvatore Cascio), Melhor Filme em Língua Não Inglesa, Melhor Trilha Sonora Original e Melhor Roteiro Original. Indicado nas categorias de Melhor Fotografia, Melhor Figurino, Melhor Diretor, Melhor Edição, Melhor Maquiagem e Melhor Direção de Arte.

Sinopse: 

Salvatore Di Vita é um cineasta bem-sucedido que vive em Roma. Um dia ele recebe um telefonema de sua mãe avisando que Alfredo, seu mentor e grande amigo da infância, está morto. A menção deste nome traz muitas lembranças, principalmente, do Cinema Paradiso, para onde Salvatore, então chamado de Totó, fugia sempre que podia, depois que terminava a missa, onde servia como coroinha. Primeiramente, ele costumava espreitar as projeções através das cortinas do cinema, que o padre via primeiro para censurar as imagens que possuíam beijos, e fazia companhia a Alfredo, o projecionista.  Foi ali que Totó aprendeu a amar o cinema.
Após um caso de amor frustrado com Elena, a filha do banqueiro da cidade, Totó deixa a cidade e vai para Roma, retornando somente trinta anos mais tarde, por causa da morte de Alfredo. Ao final, o Novo Cinema Paradiso, já abandonado, acaba sendo demolido pela prefeitura para construção de um estacionamento. Voltando para Roma Totó assiste a uma fita com todas as imagens de beijos que o padre da cidade havia censurado.

FICHA TÉCNICA

Diretor: Giuseppe Tornatore. Elenco: Philippe Noiret, Salvatore Cascio, Jacques Perrin, Mario Leonardi, Antonella Attili, Pupella Maggio, Agnese Nano, Leopoldo Trieste, Isa Danieli, Enzo Cannavale, Leo Gullotta. Produção: Franco Cristaldi, Mino Barbera, Giovanna Romagnoli. Roteiro: Giuseppe Tornatore, Vanna Paoli. Fotografia: Blasco Giurato. Trilha Sonora: Ennio Morricone, Andrea Morricone. Duração: 123 min. Ano: 1989. País: França/ Itália. Gênero: Drama. Cor: Colorido. Distribuidora: Versátil. Estúdio: Les Films Ariane / Rai Cinema / Cristaldifilm. 




Friday, December 21, 2012

Meet me in St. Louis




Estamos quase no Natal, uma época perfeita para se assistir a um bom filme. Com tantos títulos a serem escolhidos, gostaria de sugerir um clássico do cinema americano que traz uma mensagem de família, amizade, amor e união. A superprodução da MGM “Meet me in St. Louis”, no Brasil, com o título “Agora Seremos Felizes”, de 1944, dirigido pelo conceituado diretor Vincente Minnelli.

Considerado o filme musical mais influente já realizado, e um dos melhores de todos os tempos, "Meet me in St. Louis" é uma adaptação feita por Irving Brecher e Fred F. Finklehoffe de uma série de contos de Sally Benson, publicados originalmente na revista The New Yorker entre os anos de  1941 a 1942 (publicado originalmente sob o título "5135 Kensington"). Arthur Freed e o magnata da MGM Louis B. Meyer estavam comprometidos ao filme porque o mesmo rearfirmaria a mensagem central do “Magico de Oz” (1939) – “There is no place like home".

 “Meet me in St. Louis” é uma obra-prima do cinema, captando Judy Garland em sua performance mais suave e exuberante. Vincente Minnelli e Judy Garland se conheceram nesse filme, e logo depois se casaram.

Minnelli trabalhou duro para fazer com que o filme ficasse o mais condizente com o tempo possível, como também a escritora Sally Benson que deu orientações específicas na decoração da casa, mas não mexeu no figurino dos atores. As roupas foram inspiradas em catálogos antigos de algumas lojas de departamento americanas.

O filme conta a história de uma família típica americana do início do século XX (1903), os Smith, formada pelo pai, mãe, quatro filhas, um filho, o avô, além da empregada, quase uma pessoa da família, que vive tranquilamente em uma elegante casa eduardiana na cidade de St. Louis. Pensando em trazer uma boa notícia a sua família, o patriarca chega em casa avisando a todos que irão se mudar para Nova Iorque na época do Natal. Para a sua surpresa, todos ficam chocados com a novidade, que cai como uma bomba, pois, o problema é que não só irão perder os amigos e a grande festa da cidade, a Exposição Universal de Saint Louis de 1904, como Esther Smith (Judy Garland), perderá o grande amor da sua vida. A história gira em torno da mobilização da família para que isso não aconteça.

“Meet me in St. Louis” integra as canções a sua narravita, enfatizando o aspecto emocional da vida cotidiana familiar. Judy Garland está no auge de seu sucesso. Uma das cenas mais emocionantes do filme, quando ela canta para sua irmãzinha Tootie, interpretada pela talentosa e carismática Margaret O’Brein (tinha apenas 6 anos de idade durante as gravações), uma das canções mais amadas de todos os tempos - “Have Yourself a Merry Little Christmas”, que se tormou um hino de Natal, sendo posteriormente gravada por centenas de artitas. Esta é  uma cena sensibilizante, pois após ouvir sua irmã cantar, a pequena Tootie, apavorada com a mudança completa que está para acontecer em sua vida, corre para o jardim e destrói a pauladas os bonecos de neve que ajudou a construir. Ao ver isso, o pai decide que eles que não irão mais vai se mudar de St. Louis,  permanecendo ali, onde são felizes. O filme acaba com a família  entrando na abertura da Exposição Mundial de 1904.

A performance de O'Brien foi tão marcante, que a mesma ganhou o premio "Oscar Juvenille Award", como atriz de destaque de 1944.

“Meet me in St. Louis” recebeu 4 indcações ao Oscar”, em 1945, melhor fotografia, melhor roteiro adaptado, melhor trilha sonora e melhor canção “The Trolley Song”.

Sucesso de crítica e bilheteria, e com um orcamento de $1.707.561 de dólares, o filme faturou $7.566.000 de dólares.

Eterno e comovente, semplesmente um filme obrigatório para toda a família.

Sinopse:
Uma típica família americana do início do século XX vive tranquilamente na cidade de St. Louis, mas as coisas começam a mudar quando se vêm obrigados a mudar para Nova Iorque. 

Ficha Técnica: EUA/MGM/113 minutos/Technicolor.
De:Vincente Minnelli.
Produtores: Roger Edens, Arthur Freed.
Roteiro: Irving Brecher, Fred F. Finklehoffe, do romance de Sally Benson.
Com: Judy Garland, Margaret O’Brien, Mary Astor, Lucille Bremer, Leon Ames, Tom Drake, Marjorie Main, Harry Davenport, June Lockhart, Henry H. Daniels Jr., Joan Carroll, Hugh Marlowe, Robert Sully, Chill Wills, Gary Gray, Dorothy Raye.
Fotografia: George J. Folsey.
Música: Ralph Blane, Hug Martin, Nacio Herb Brown, Arthur Freed, Geoge E. Stoll.
Direção de arte: Lemuel Ayers, Cedric Gibbons, Jack Martin Smith.
Figurino: Irene Sharaff.
Edição: Albert Akst.
Gênero: Musical/Romance.
Indicações ao Oscar: Irving Brecher, Fred F. Finklehoffe (roteiro), George J. Folsey (fotografia), George E. Stoll (música), Ralph Blane, Hugh Martin (canção).

Claudia Farias é crítica de cinema e educadora especializada em Film Studies. Reside em San Diego, California, Estados Unidos. Também morou na República da Irlanda.