WELCOME TO CINEMAC

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Monday, December 31, 2012

Cinema Paradiso



Este emocionante e nostálgico filme do excelente cineasta italiano Giuseppe Tornatore, captura a paixão pela arte do cinema e a trágica destruição do "palácio dos filmes" -Novo Cinema Paradiso, vistos através dos olhos de uma criança. Compreensivelmente, "Cinema Paradiso" tornou-se um dos mais populares filmes italianos das últimas décadas, tanto fora quanto dentro da Itália. 

Filmado em flashback, “Cinema Paradiso” conta a história de Salvatore ou Totó (vivido pelo ator Salvatore Cascio), um carismático e inteligente menino que vive com sua mãe, uma viúva da guerra, na pequena e empoeirada vila de Giancaldo, na Sicília, devastada pela segunda guerra mundial. Para fugir da miséria da sua vida diária, Totó encontra refúgio no "Nuovo Cinema Paradiso", a sala de cinema local. O projecionista Alfredo (consagrado ator francês Philippe Noiret) logo se torna seu amigo e professor. Quando Alfredo fica cego em um incêndio, ele ensina o menino a assumir o seu trabalho, como também, encoraja-o a sair dos limites sufocantes da aldeia. Em seus anos de adolescente, Salvatore (Marco Leonardi) se apaixona pela filha de um banqueiro, Elena (Agnese Nano), e ganha seu coração seguindo o conselho de Alfredo: de ficar esperando por sua amada, em frente da sua janela todas as noites. Anos mais tarde, quando Salvatori, já adulto (Jacques Perrin), tornou-se um cineasta de sucesso, ele vê uma montagem, legacia de Alfredo para ele, de todas as cenas de beijos dos filmes exibidos no “Cinema Paradiso” ao longo dos anos - cenas que o sacerdote (Leopoldo Trieste) da aldeia de Salvatore insistiu que fossem cortadas dos filmes. 

 “Cinema Paradiso” possui uma das mais belas trilhas sonoras já feitas, com canções que pulsam a cada cena,  a música tema de “Cinema Paradiso”,  de Ennio Merricone, traz aos espectadores a mensagem comovente e poderosa do filme: a sincera e verdadeira amizade. 

Uma cena encantadora, de uma fotografia belissima, quando Alfredo usa um espelho para refletir a imagem cinematográfica em uma das paredes das casas na praça. A câmera se move sobre a imagem, deslizando pelas paredes, como se assumir uma vida própria. 

"Cinema Paradiso" é uma obra-prima do cinema, um filme sensibilizante que traz uma grande homenagem ao cinema e uma bonita memória da infância.

Prêmios: 

Oscar 1990 (EUA): venceu na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. Globo de Ouro 1990 (EUA): venceu na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. Festival de Cannes 1989 (França): recebeu o Grande Prêmio do Júri. Indicado à Palma de Ouro. Prêmio César 1990 (França):ganhou o prêmio de Melhor Poster. Indicado na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. Academia Japonesa de Cinema 1991 (Japão): indicado na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. Prêmio David di Donatello 1989 (Itália): venceu na categoria de Melhor Música (Ennio Morricone). BAFTA 1991 (Reino Unido): venceu nas categorias de Melhor Ator (Philippe Noiret), Melhor Ator Coadjuvante (Salvatore Cascio), Melhor Filme em Língua Não Inglesa, Melhor Trilha Sonora Original e Melhor Roteiro Original. Indicado nas categorias de Melhor Fotografia, Melhor Figurino, Melhor Diretor, Melhor Edição, Melhor Maquiagem e Melhor Direção de Arte.

Sinopse: 

Salvatore Di Vita é um cineasta bem-sucedido que vive em Roma. Um dia ele recebe um telefonema de sua mãe avisando que Alfredo, seu mentor e grande amigo da infância, está morto. A menção deste nome traz muitas lembranças, principalmente, do Cinema Paradiso, para onde Salvatore, então chamado de Totó, fugia sempre que podia, depois que terminava a missa, onde servia como coroinha. Primeiramente, ele costumava espreitar as projeções através das cortinas do cinema, que o padre via primeiro para censurar as imagens que possuíam beijos, e fazia companhia a Alfredo, o projecionista.  Foi ali que Totó aprendeu a amar o cinema.
Após um caso de amor frustrado com Elena, a filha do banqueiro da cidade, Totó deixa a cidade e vai para Roma, retornando somente trinta anos mais tarde, por causa da morte de Alfredo. Ao final, o Novo Cinema Paradiso, já abandonado, acaba sendo demolido pela prefeitura para construção de um estacionamento. Voltando para Roma Totó assiste a uma fita com todas as imagens de beijos que o padre da cidade havia censurado.

FICHA TÉCNICA

Diretor: Giuseppe Tornatore. Elenco: Philippe Noiret, Salvatore Cascio, Jacques Perrin, Mario Leonardi, Antonella Attili, Pupella Maggio, Agnese Nano, Leopoldo Trieste, Isa Danieli, Enzo Cannavale, Leo Gullotta. Produção: Franco Cristaldi, Mino Barbera, Giovanna Romagnoli. Roteiro: Giuseppe Tornatore, Vanna Paoli. Fotografia: Blasco Giurato. Trilha Sonora: Ennio Morricone, Andrea Morricone. Duração: 123 min. Ano: 1989. País: França/ Itália. Gênero: Drama. Cor: Colorido. Distribuidora: Versátil. Estúdio: Les Films Ariane / Rai Cinema / Cristaldifilm. 




Friday, December 21, 2012

Meet me in St. Louis




Estamos quase no Natal, uma época perfeita para se assistir a um bom filme. Com tantos títulos a serem escolhidos, gostaria de sugerir um clássico do cinema americano que traz uma mensagem de família, amizade, amor e união. A superprodução da MGM “Meet me in St. Louis”, no Brasil, com o título “Agora Seremos Felizes”, de 1944, dirigido pelo conceituado diretor Vincente Minnelli.

Considerado o filme musical mais influente já realizado, e um dos melhores de todos os tempos, "Meet me in St. Louis" é uma adaptação feita por Irving Brecher e Fred F. Finklehoffe de uma série de contos de Sally Benson, publicados originalmente na revista The New Yorker entre os anos de  1941 a 1942 (publicado originalmente sob o título "5135 Kensington"). Arthur Freed e o magnata da MGM Louis B. Meyer estavam comprometidos ao filme porque o mesmo rearfirmaria a mensagem central do “Magico de Oz” (1939) – “There is no place like home".

 “Meet me in St. Louis” é uma obra-prima do cinema, captando Judy Garland em sua performance mais suave e exuberante. Vincente Minnelli e Judy Garland se conheceram nesse filme, e logo depois se casaram.

Minnelli trabalhou duro para fazer com que o filme ficasse o mais condizente com o tempo possível, como também a escritora Sally Benson que deu orientações específicas na decoração da casa, mas não mexeu no figurino dos atores. As roupas foram inspiradas em catálogos antigos de algumas lojas de departamento americanas.

O filme conta a história de uma família típica americana do início do século XX (1903), os Smith, formada pelo pai, mãe, quatro filhas, um filho, o avô, além da empregada, quase uma pessoa da família, que vive tranquilamente em uma elegante casa eduardiana na cidade de St. Louis. Pensando em trazer uma boa notícia a sua família, o patriarca chega em casa avisando a todos que irão se mudar para Nova Iorque na época do Natal. Para a sua surpresa, todos ficam chocados com a novidade, que cai como uma bomba, pois, o problema é que não só irão perder os amigos e a grande festa da cidade, a Exposição Universal de Saint Louis de 1904, como Esther Smith (Judy Garland), perderá o grande amor da sua vida. A história gira em torno da mobilização da família para que isso não aconteça.

“Meet me in St. Louis” integra as canções a sua narravita, enfatizando o aspecto emocional da vida cotidiana familiar. Judy Garland está no auge de seu sucesso. Uma das cenas mais emocionantes do filme, quando ela canta para sua irmãzinha Tootie, interpretada pela talentosa e carismática Margaret O’Brein (tinha apenas 6 anos de idade durante as gravações), uma das canções mais amadas de todos os tempos - “Have Yourself a Merry Little Christmas”, que se tormou um hino de Natal, sendo posteriormente gravada por centenas de artitas. Esta é  uma cena sensibilizante, pois após ouvir sua irmã cantar, a pequena Tootie, apavorada com a mudança completa que está para acontecer em sua vida, corre para o jardim e destrói a pauladas os bonecos de neve que ajudou a construir. Ao ver isso, o pai decide que eles que não irão mais vai se mudar de St. Louis,  permanecendo ali, onde são felizes. O filme acaba com a família  entrando na abertura da Exposição Mundial de 1904.

A performance de O'Brien foi tão marcante, que a mesma ganhou o premio "Oscar Juvenille Award", como atriz de destaque de 1944.

“Meet me in St. Louis” recebeu 4 indcações ao Oscar”, em 1945, melhor fotografia, melhor roteiro adaptado, melhor trilha sonora e melhor canção “The Trolley Song”.

Sucesso de crítica e bilheteria, e com um orcamento de $1.707.561 de dólares, o filme faturou $7.566.000 de dólares.

Eterno e comovente, semplesmente um filme obrigatório para toda a família.

Sinopse:
Uma típica família americana do início do século XX vive tranquilamente na cidade de St. Louis, mas as coisas começam a mudar quando se vêm obrigados a mudar para Nova Iorque. 

Ficha Técnica: EUA/MGM/113 minutos/Technicolor.
De:Vincente Minnelli.
Produtores: Roger Edens, Arthur Freed.
Roteiro: Irving Brecher, Fred F. Finklehoffe, do romance de Sally Benson.
Com: Judy Garland, Margaret O’Brien, Mary Astor, Lucille Bremer, Leon Ames, Tom Drake, Marjorie Main, Harry Davenport, June Lockhart, Henry H. Daniels Jr., Joan Carroll, Hugh Marlowe, Robert Sully, Chill Wills, Gary Gray, Dorothy Raye.
Fotografia: George J. Folsey.
Música: Ralph Blane, Hug Martin, Nacio Herb Brown, Arthur Freed, Geoge E. Stoll.
Direção de arte: Lemuel Ayers, Cedric Gibbons, Jack Martin Smith.
Figurino: Irene Sharaff.
Edição: Albert Akst.
Gênero: Musical/Romance.
Indicações ao Oscar: Irving Brecher, Fred F. Finklehoffe (roteiro), George J. Folsey (fotografia), George E. Stoll (música), Ralph Blane, Hugh Martin (canção).

Claudia Farias é crítica de cinema e educadora especializada em Film Studies. Reside em San Diego, California, Estados Unidos. Também morou na República da Irlanda.

Tuesday, September 11, 2012

GENE KELLY - Celebrando 100 anos do gênio criativo




GENE KELLY  - Celebrando 100 anos do gênio criativo

Em comemoração ao centenánario do nascimento de Gene Kelly, e o aniversário de 60 anos do clássico “Cantando na Chuva”, escrevo uma homenagem a este eterno e talentoso artista que continua a iluminar as telas do cinema e a inspirar as futuras gerações.  
Há 100 anos, dia 23 de Agosto de 1912, em Pittsburg, Pensilvania, Estados Unidos,  nasceu Eugene Curran Kelly, ou apenas Gene Kelly, gênio do cinema, o mais atlético e excitante dançarino comercial do seu tempo, criador de uma técnica própria, um estilo americano de dança. Pioneiro, contribuiu para democratiza-la, trazendo-a para as massas e mudando a forma de como os americanos e o mundo viam esta arte. Sempre criando algo novo, ele não era apenas um dançarino, mas um homem de visão, um artista completo, além de talentoso coreógrafo e diretor.  Com personagens diferentes do estilo europeu sofisitcado, Kelly protagonizava o homem do povo, comum e trabalhador, como o marinheiro, o aviador, o pintor, o construtor, no qual o público se identificava. Revolucionário,  provou que os musicais poderiam escapar dos limites  dos estúdios e que uma nova abordagem de editar poderia fazer com que os números musicais alcançassem novos níveis, como em “On the Town” – “Um Dia em Nova Iorque” (1949), onde Kelly insistiu que fosse filmado não somente em estúdo, mas em locação, com números notávieis nas ruas de Nova Iorque, incluindo o Museu de História Natural, a Ponte de Brooklyn e o Rockefeller Center.

Do seu tempo adiante os musicais ganharam mais vida e paixão, onde os movimentos corporais expressavam emoções. O ballet amerciano e o sapateado se popularizaram com números memoráveis como o da dança com o papel-jornal em “Summer Stock” (1950 ), seu último filme com Judy Garland, onde o mesmo assobia a canção “You Wonderful You” e brinca com o jornal; o impressionate número musical de 17 minutos de ballet no final do filme “An Amercian in Paris” -  “Sinfonia de Paris” (1951); o fabuloso sapateado com patins, no “It’s Always Fair Weather” (1955); o inesquecivel número do mais famoso musical hollywoodiano de todos os tempos “Singin’ in the Rain” – “Cantando na Chuva” (1952), onde o mesmo canta e dança majestosamente na chuva;  o divertido número com o rato Jerry, do desenho animado Tom & Jerry, no filme “Anchors Weight” – “Marujos do Amor” (1945), entre muitos outros e suas maravilhosas parcerias com os legendarios Judy Garland, Debbie Reynolds, Cyd Charisse, Leslie Caron, Fred Astaire, Frank Sinatra, Donald O’Connor.

Adepto a ginástica atlética, hóckey de gelo, natação, futebol americano e baseball, o poder atlético de Kelly provou ser benéfico na dança. Muitos anos depois, em uma série especial para a televisão, entitulada “Dancing: A Man’s Game” – “Danca: Um Jogo Humano” (1958), Gene Kelly demonstrou que a dança é meramente uma extensão dos movimentos usados nos esportes.

Seu brilhante sorriso, seu carisma e entusiasmo, serão sempre lembrados em seus filmes, sua legacia.

“Cantando na Chuva”

“Singin’ in the Rain” – “Cantando na Chuva”(1952), comemorou 60 anos. A NCM Fathom, Turner Classic Movies, e a Warner Bros entraram em parceria para celebrar e trazer ao público, em cinemas selecionados nos Estados Unidos,  o filme considerado o melhor musical de todos os tempos. Fui convidada para ser a host ou anfitriã do grupo “San Diego Art House Movies” na apresentação deste maravilhoso evento. Tive a grande satisfação de poder assistir a este filme na tela grande do cinema, o que fez uma enorme diferença, ainda mais em formato digitalmente renovado, na quarta feira passada, dia 22 de agosto. Meu filho de onze anos foi comigo. O cinema estava repleto. O evento começou com uma entrevista de 15 minutos, entre o apresentador da Turner Classic Movies, Robert Osborne, e a estrela Debbie Reynalds, onde a mesma compartilhou suas memórias e emoções ao trabalhar com Gene Kelly e Donald O’Connor no set deste clássico. Imperdivel, “Cantando na Chuva” apresenta coreografias espetaculares, canções edificantes, e atuações incomparáveis. Eterno, continua a atrair expectadores de todas as idades. Simplesmente um grande entretenimento!

O cinema serviu como forma de registro para o desempenho da dança e teve papel fundamental na sua preservação no século XX. O filme musical combinou formas americanas de balé (dança de salão, sapateado e bailado acrobático) com a ópera cômica e romântica. Historicamente, o musical nasceu com o cinema sonoro, “O Cantor de Jazz”, de 1927, inaugurou ao mesmo tempo o cinema falado e o cinema cantado. Contudo, o filme musical se firmou nos Estados Unidos segundo o modelo dos espetáculos da Broadway, e teve o seu verdadeiro apogeu com Vincente Minnelli, que trouxe para a grande tela a sua experiência no teatro musical. Além de Minnelli, destacam-se os grandes criadores de musicais, como os diretores Busby Berkeley, Stanley Donen, os atores Fred Astaire, Dick Powell e Bing Crosby, as atrizes Ginger Rogers, Betty Grable, Cyd Charisse, Judy Garland, os coreógrafos Bob Fosse, Robert Alton, Charles Walters e Michael Kidd, o ator, cantor, dançarino, coreógrafo, produtor e diretor Gene Kelly. O musical caracteriza-se basicamente por apresentar roteiros musicais que mesclam dança, canto e música e tem como ponto forte as coreografias. Com “Cantando na Chuva”, Gene Kelly levou a arte da dança para o cinema, conseguiu trazer de volta uma estética que praticamente havia se perdido, desde a época dos filmes mudos, reuniu de forma magnífica os elementos da dança e da música no corpo da narrativa, combinando com perfeição o sapateado e o balé. O número mais famoso de dança da história do cinema é o solo de Gene Kelly em “Cantando na Chuva”. A seqüência em que Kelly canta na chuva tornou–se um número de sapateado inovador. Os efeitos do som são provocados tanto pela chuva caindo, como pelas poças d’água quando Kelly salta sobre elas e as chuta, quanto pelo barulho do seu sapateado. O artista dramatizou a dança na chuva com seus movimentos atléticos e exagerados, e sua exuberância alegre e juvenil. O que se observa é a naturalidade com que Gene Kelly se entrega quando está dançando, ele expressa uma alegria de viver contagiante, mostra também que está apaixonado. O amor está presente, tanto o amor pela personagem de Debbie Reynolds, como também pela dança. O momento em que ele brinca com o guarda-chuva, e com outros elementos do cenário é excelente. Quando Kelly sobe no poste da rua sua presença é exaltada, seus movimentos são magistrais. O ator, além de executante, foi o coreógrafo e com Stanley Donen, dirigiu a cena que se tornou a mais memorável de todos os tempos. A Música “Singin’ in the rain” foi composta por Nacio Herb Brown e arranjada para o filme por Roger Edens. A letra de Arthur Freed foi adaptada por Kelly, que acrescentou “and dancin’ ” ao verso do título. A fotografia foi de Harold Rosson.
“Cantando na Chuva” foi lançado nos Estados Unidos, em abril de 1952, e teve um enorme sucesso de público e bilheteria. Passando, com o tempo, a desfrutar do reconhecimento da crítica, tornado-se o melhor filme musical americano de todos os tempos. Esta também em décimo lugar na lista dos melhores filmes americanos do American Filme Institute. A história do filme se resume em “montar um espetáculo”, não um simples espetáculo, mas o primeiro filme musical do cinema. Gene Kelly é Don Lockwood, um famoso astro da época do cinema mudo em Hollywood, seus filmes são um sucesso, mas sua vida começa a mudar com a chegada do cinema sonoro. Seu desafio é criar um musical apesar das dificuldades que encontrará com a nova técnica de se fazer cinema. “Cantando na Chuva” é uma obra-prima, um clássico americano inesquecível que cativa, que emociona. Gene Kelly está brilhante, Donald O´Connor está sensacional, hilário, consegue encantar o expectador com suas brincadeiras, a cena em que canta “Make ‘Em Laugh” é majestosa, outra cena memorável quando Gene Kelly e Donald O’Connor cantam “Moses Supposes”, Debbie Reynolds  está adorável, com sua presença juvenil, ela alterna uma linha tênue entre a comédia e o drama. Cyd Charisse está belíssima, e dança maravilhosamente bem. Gene Kelly, cujo perfeccionismo levava suas parceiras de dança à exaustão, idealizou a coreografia da seqüência "Broadway Ballet". Conta-se que o véu de seda usado por Cyd Charisse, com mais de sete metros de comprimento, foi mantido esvoaçante por três motores de avião. “Cantanto na Chuva” Ganhou o Golden Globe de Melhor Ator Cômico (Donald O´Connor), em 1953.
Curiosidades:
A chuva que aparece no filme enquanto Gene Kelly canta "Singin'in the rain" na verdade não é apenas água, mas sim uma mistura de água com leite;
Gene Kelly estava com febre de quase 40 graus celsius durante as filmagens da famosa cena em que canta "Singin'in the rain";
The song, “Singing in the rain”, foi escrita originalmente em 1927 para a peça "Hollywood Music Box Revue of 1927". Mais tarde apresentada no filme de 1929 “The Hollywood Revue of 1929”, onde foi cantada pelas irmãs Borx (Brox Sisters);
Debbie Reynolds tinha 19 anos quando participou do filme,Gene Kelly 40 anos e Donald O'Connor 27;
No filme, Debbie Reynolds dirige o memso carro usado pelo ator Mickey Rooney nos filmes da série Andy Hardy da MGM;
Cantando na Chuva custou $2.540.800 ($620.996 acima do orçamento), e faturou $7.665.000 dolares;
Os pés da atriz Debbie Reynolds chegaram a sangrar com os treinos exaustivos de sapateado durante as gravações da sequência de “Good Morning”;
A cena de Donald O’Connor em Make ‘Em Laugh foi improvisada, sem qualquer ensaio, a espontaneidade dos seus movimentos corporais foi tão grande que o ator foi hospitalizado após as filmagens, ele consumia quatro macos de cigarro ao dia e seu corpo nao resistiu a tanto esforco.
Sinopse:
Em 1927,  Don Lockwood (Gene Kelly) e Lina Lamont (Jean Hagen) sao um  famoso par romantico nas telas do cinema mudo. Lockwood trabalhou duro para chegar ao sucesso, juntamente com o seu melhor amigo e antigo parceiro Cosmo Brown (Donald O'Connor) que o acompanha como pianista.  Durante a passagem do cinema mudo para o sonoro, Don se apaixona pela cantora e aspirante a atriz Kathy Selden (Debbie Reynolds). Ele e Cosmo decidem fazer um filme musical e como Lina Lamond tem dificuldades com a sua voz, os dois resolvem usar a voz de Kathy para dublar a voz esganiçada da estrela. A estréia do musical entitulado “The Dancing Cavalier” é um tremendo sucesso. A audiência clama que Lina Lamont cante ao vivo. Kathy escondida atrás da cortina do palco, dubla a voz de Lina enquanto a mesma canta para a plateia. Enquanto Lina está "cantando" Don e Cosmo alegremente levantam a cortina e o publico ve a farsa. Kathy envergonhada tenta fogir, mas Don introduz ao público "a verdadeira estrela do filme." A cena final mostra Kathy e Don se beijando na frente de um outdoor para seu novo filme, Singin 'in the Rain.
Ficha Técnica:
Singin’ in the Rain, EUA/1952. De: Gene Kelly e Staley Donen. Com: Gene Kelly, Donald O´Connor, Debbie Reynolds, Jean Hagen, Milllard Mitchell, Cyd Charisse. MGM Musical/103 minutos.
Filmografia de Gene Kelly:

That’s Entertainment! III (1994);

Sins (TV) (1986);

That’s Dancing ! (1985) (Também produtor executivo);

North and South (TV) (1985);

Xanadu (1980);

Viva Knievel (1977);

That’s Entertainemt! Part II (1976) (Também diretor de novas sequências);

That’s Entertainent! (1974);

40 Carats (1973);

The Cheyene Social Club (1970) (Produtor, diretor);

Hello Dolly ! (1969) (Diretor);

A Guide for the Married Man (1967) (Diretor);

The Young Girls of Rochefort (1967);

Jack and the Beanstalk (TV) (1967) (Também produtor, diretor) ganhador de um Emmy por Outstanding Children’s program.

What a Way to Go! (1964) (Também coreógrafo);

Going my Way (serie de TV) (1962-1963);

Gigot (1962) (Diretor);

Inherit the Wind (1960);

Let’s Make Love (1960);

Something for the Girls (1958);

Tunnel of Love (1958) (Diretor);

Marione Morning Star (1958);

Les Girls (1957);

The Happy Road (1957) (Também produtor e diretor);

The Magic Lamp (1956) (Voz);

Invitation to the Dance (1956) (Também coreógrafo, roteirista, diretor);

It’s Always Fair Weather (1955) (Também coreógrafo e co-diretor);

Deep in my Heat (1954);

Crest of the Wave (1954);

Brigadoon (1954) (Também coreógrafo);

The Devil Makes Tree (1952);

Singin’ in the Rain (1952) (Também coreógrafo e co-diretor);

Love is Better than Ever (1952);

It’s a Big Country (1951)

An American in Paris ( 1951) (Também coreógrafo);

Summer Stock (1950)

Black Hand (1949);

On the Town (1949) (Também coreógrafo e co-diretor);

Take me out to the Ball Game (1949) (Também co-coreógrafo, co-autor);

Word and Music (1948);

The Three Musketeers (9148) (Também co-coreógrafo);

Living in a Big Way (1947) (Também coreógrafo);

Ziegfeld Folies (1946);

Anchors Aweigh (1945) (Também coreógrafo);

Christmas Holiday (1944);

Cover Girl (1944) (Também coreógrafo);

The Cross of Lorraine (1943);

Thousands Cheer (1943);

Du Barry was a Lady (1943);

Pilot No. 5 (1943);

For Me and My Gal (1942).


* Este artigo foi anteriormente publicado em 31 de Agosto de 2012, no website www.natalpress.com.br.

FILME NOIR

Humphrey Bogart

H. Bogart, P. Lorre, M. Astor e S. Greenstreet



Surgido nos anos 40, nos Estados Unidos, a expressão “Film Noir” foi introduzida pelos críticos de cinema franceses do período pós-guerra para designar um grupo de filmes criminais americanos que continha algumas particularidades temáticas, tais como: o cinismo, a corrupção, a prostituição, a opressão e o ambiente “dark”.

As produções “noirs” revelam-se como o oposto da versão glamourizada de Hollywood e apresentam uma duplicidade: o submundo do crime e do vício, e o mundo “respeitável” da burguesia. A dissimulação, a venalidade e a corrupção dominam a maioria das relações sociais, que geralmente terminam em traição e morte. Outro ponto forte do “mundo noir” é o personagem “hard-boiled private eye”, ou seja, o detetive particular durão, que usa muito mais o punho do que o cérebro para realizar as investigações e solucionar os crimes, seu envolvimento com a mulher fatal e as ameaças que sofre pelos seus rivais que são falsos, perversos e violentos.

A raízes do “filme noir” podem ser vistas nos filmes do expressionismo alemão, como “The Cabinet of Dr Caligari” (1919), de Robert Wiene, e M (1931), de Fritz Lang. O estilo e o tema também receberam a influência de alguns filmes franceses dos anos 30, tais como “La Chienne” (1931),  e “La Bête Humaine” (1938), ambos de Jean Renoir. Estes dois filmes foram refeitos posteriormente por Lang,  em Hollywood, recebendo os nomes de “Scarlet Street” (1945) e “Human Desire” (1954) respectivamente. 

Considerado predominantemente um filme B, e geralmente referido como um sub-gênero do crime thriller, ou filme de gangsters, o “Filme Noir” pode também ser encontrado em outros gêneros,  como por exemplo: o melodrama, e o faroeste. Esta é uma das razões pelas quais alguns criticos vêem o filme noir como um movimento, mais do que um gênero. Estes críticos apontam ao fato de que, como em outros movimentos, o “Filme Noir” emergiu em um período de instabilidade política (1941-1958) - a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria - uma época de insegurança reprimida, e paranóia, onde o sonho americano parecia estar em frangalhos e a identidade nacional americana sob forte tensão. Como resultado da guerra, a mulheres precisaram sair de suas rotinas domésticas e ocupar lugar na força de trabalho, ao mesmo tempo, os homens foram retirados da esfera dominante para ir lutar. Portanto, a questão da identidade nacional também foi ligada a questão da identidade masculina, e a troca de papéis. 

Em vez de um gênero ou movimento,  pode-se dizer que o “Filme Noir” foi acima de tudo um estilo visual de fotografia, que enfatiza a cenas noturnas com iluminação de alto contraste, sombras profundas e ângulos oblíquos para criar uma sensação de medo e ansiedade,  e trazer uma atmosfera claustofóbrica e sombria. Como também, uma composição narrativa carregada de tensão em vez de ação e uma predileção por linhas tortuosas e mis-en-scène projetados para perturbar. Outra caracteristica é a utilizacao da iluminação “low key” que tenta cirar cenas em efeito “chiaroscuro” (do italinao, chiaro- luz e oscuro – escuro) ou seja, em cinematografia, o constraste ousado entre luz e sombra.

O nome “Noir”, vem do Francês, que quer dizer negro, preto, escuro. Muitas produções “noirs” foram filmadas em locações reais durante a noite, como o hotel decadente, bares e casas noturnas de mal gosto, clubes de apostas, tendo o ambiente externo a presença de ruas encharcadas pela chuva. Outra caracteristica deste estilo eram as perseguições, os crimes, os assassinatos ou roubos como centro da história, falsas acusações, traição, inevitabilidade do fracasso do protagonista, o final em aberto ou ambíguo, assim como detetives e policiais  mercenários .

Escritores como James M. Cain – “The Postman Always Rings Twice”, “Double Indemnity”, Midred Pierce” and “Serenade”, Raymond Chandler – “The Big Sleep”, Dashiell Hammett  - “The Maltese Falcon” ou “Reliquia Macabra”, e Cornell Woolrich – “No Man of Her Own”,   trouxeram para as telas os anti-heróis masculinos do gênero: como os detetives particulares observadores pessimistas e cínicos de uma sociedade corrupta. Um  exemplo é o personagem Philip Marlowe, interpretado com brilhantismo por Humphrey Bogart, no filme de Howard Hawk “The Big Sleep” (1946), adaptado da obra de Raymond Chandler. Marlowe é um indivíduo contemplativo e filosófico, adora xadrez e poesia. Apesar de não ter medo da dor física, não usa a violência para acertar as contas.

Raymond Chandler também co-escreveu o roteiro de “Double Indemntity” (1944), de Billy Wilder, o arquétipico do “noir”, onde o vendedor de seguros Fred Murray, é conduzido a fraude e assassinato pela amoral e sedutiva Barbara Stanwyck. Muitos dos filmes do movimento “Noir” se concentram ao redor do homem vulnerável, cuja vida é arruinada quando encurralado em uma teia de paixão, mentiras e mortes executadas por uma mulher bela e charmosa, a  sedutora e amoral “femme fatale”.
As cenas com sombras de venezianas sobre o rosto do ator enquanto ele olha através da janela são um ícone visual no “filme noir”, os flashbacks e as narrações que por vezes podem abrir uma lacuna textual entre um narrador masculino e a mulher que ele está investigando. A poliferação de pontos de vista, tipicamente, uma luta entre homens e mulheres. A estrutura de investigação da narrativa, que explora os segredos da sexualidade feminina dentro dos padrões de submissão e dominação; caracterização instável da heroína, susceptível de ser uma “femme fatale” traçoeira. 

Apesar do “film noir” está intrinsecamente associado a um período particular da história, (entre o início de 1940 ao final de 1950), este tipo de produção continuou a atrair a imaginação em um sentido profundo. Nos anos 60, Jean-Pierre Melville manteu o “filme noir” vivo na Franca, com películas fotográficas de crimes e suspense, como “Le Doulos” (1962), “Le Samouraï” (1967) e “Le Cercle Rouge” (1969), estrelado por atores importantes, como Alain Delon, Jean-Paul Belmondo, e Lino Ventura. Alguns anos mais tarde, a volta a este período se deu nos Estados Unidos, nos chamados “post-noir” ou “neo-noir”, filmes como:  “The Long Goodbye”(1973), dirigido por Robert Altman e baseado no romance de Raymond Chandler, de 1953, com o mesmo nome, e roteiro escrito por Leigh Brackett, que co-escreveu o roteiro de “The Big Sleep” em 1946; “Farewell, My Lovely” (1975), dirigido por Dick Richards e com Robert Mitchum e Charlotte Rampling, baseado no romance de “Farewell, My Lovely” de Raymond Chandler; “Chinatown”(1974), de Roman Polanski, com roteiro de Robert Towne e estrelado por Jack Nicholson, Faye Dunaway e John Huston; “Body Heat” (1981), escrito e dirigido por Lawrence Kasdan, com William Hurt, Kathleen Turner, Richard Crenna, Ted Danson, J.A. Preston, and Mickey Rourke, inspirado em “Double Indemnity”; Blood Simple (1983), estréia de Joel Coen (dos irmãos Coen – “The Big Lebowski” ,1998 e “True Grit”, 2010) como diretor, dando uma nova vida ao neo-noir; e  “L.A.Confidential” (1997), de Curtis Hanson. Todos uma homenagem aos “filme noir” do passado.

Produções “neo-noir” mais recentes, como “The Man who wasn’t there” (2001), escrito e dirigido por Joel e Ethan Coen, com Billy Bob Thornton no papel-título,  e “Sin City – A Cidade do Pecado” (2005), dirigido por Frank Miller, Robert Rodriguez e Quentin Tarantino, baseado no romance gráfico homônimo de Frank Miller,  também tiveram sucesso de crítica. O “filme noir” continua a cativar audiências com seu estilo incomparável de cinematografia .

Relíquia Macabra 

Considerado um dos melhores filmes em estilo “noir” de todos os tempos, lançado em 1941 pelo, então, estreante diretor John Houston, “Relíquia Macabra” é uma adaptação para o cinema do romance de Dashiell Hammett. Humphrey Bogart está excelente no papel do anti-herói Sam Spade. Usando um chapéu de feltro e uma capa impermeável, o fumante e beberrão detetive é insolente e esquentado, aproveita-se das espertezas quando necessário, mas possui uma integridade moral que não pode ser questionada. “Relíquia Macabra” é um filme obrigatório, os personagens são marcantes. John Houston conseguiu ser fiel ao livro. Humphrey Bogart tornou-se um mito após imortalizar o personagem Sam Spade.  

Sinopse: 

Depois que seu sócio Miles Archer (Jerome Cowan) foi morto enquanto seguia um homem chamado Thursby, o detetive particular Sam Spade (Humphrey Bogart) decide encontrar o assassino a qualquer preço. Spade interroga uma suspeita, a misteriosa Mrs. Wonderly, cujo nome verdadeiro é Brigid O’Saughnessy (Mary Astor). Entretanto, a mesma confessa que está sendo ameaçada pela pessoa que matou Miles. A investigação conduz a uma trinca curiosa: Joel Cairo (Peter Lorre), Kaspar Gutman (Sidney Greenstreet) e o capanga de Gutman, Wilmer (Elisha Cook Jr). Spade fica sabendo que os três estão à procura de uma escultura coberta de pedras preciosas, o Falcão Maltês. Gutman e seus associados acreditam que o detetive Spade possui o Falcão por causa do seu relacionamento com Brigid. Finalmente, Spade descobre que Brigid é uma mentirosa compulsiva e está tão envolvida na busca do Falcão quanto os outros; e, quando a escultura chega às suas mãos por meio de um capitão (Walter Huston), Spade reúne todos para esclarecer a história. Sabendo que Wilmer, a mando de Gutman, foi o responsável pela morte de Thursby e do capitão, Spade mostra-lhes o Falcão, que não tem valor nenhum. Desapontados, Gutman, Cairo e Wilmer fogem. Spade manda a polícia atrás deles e consegue a confissão de Brigid. Ela matou Miles, esperando se livrar de seu parceiro Thursby, colocando a culpa do assassinato sobre ele. Brigid implora a Spade que não a denuncie, mas, mesmo apaixonado, o detetive se mantém inflexível.

Curiosidades:

Reliquia Macabra é considerado, pelos historiadores do cinema, o primeiro filme clássico  do movimento “noir”;

O livro “The Maltese Falcon” foi lancado em 1929 e serializado na revista Black Mask;

O romance de Hammett foi fimado três vezes,  utilizando duas vezes o título original: a primeira versao, em 1931 “The Falcon Maltese”,  estrelando Ricardo Cortez e Bebe Daniels, a segunda versao, em 1936, entitulado “Satan Met a Lday”, uma comédia adaptada com Betty Davis e Warren William, e a versão de 1941, com Humphrey Bogart e Mary Astor;

Huston estava convencido de que poderia refazer o filme com um roteiro mais preciso e com um melhor desempenho do que as outras duas adaptações. Depois do sucesso do filme, foi planejada uma seqüência, a ser entitulada “The Further Adventures of the Maltese Falcon”, mas depois desfeita quando Huston ficou indisponível e quando Hammett exigiu uma quantia financeira exorbitante;

O personagem Philip Marlowe criado por Raymond Chandler foi fortemente influenciado pelo personagem Sam Spade de Deshiell Hammett, ambos interpretados por Humphey Bogart;

Geraldine Fitzgerald foi originalmente escolhida para desempenhar o papel que Mary Astor interpretou;

O ilustre ator de teatro de origem britânica, Sydney Greenstreet, estava com 62 anos de idade quando atuou no filme de Huston. Seu ótimo desempenho como o "vilão loquaz e enigmático" Kasper Gutman, também chamado "Fat Man”, recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante;

Peter Lorre entretém o público com uma grande performance retratando Joel Cairo. Lorre se sobressai com sua capacidade de usar expressões faciais e corporais para expressar os sentimentos de seus personagens;

Sydney Greenstreet e Peter Lorre, dois talentosos atores dos anos 40, contracenaram mais tarde com Bogart no filme “Casablaca” (1942);

O American Film Institute classificou Bogart como a maior estrela masculina da história do cinema americano.

Ficha Técnica:

The Maltese Falcon.
1941.
First National, Warner Brothers.
101 minutos.
Preto e Branco.
De: John Huston, do romance de Dashiel Hammett.
Fotografia: Arthur Edeson.
Música: Adolph Deutsch.
Com: Humphrey Bogart, Mary Astor, Gladys George, Peter Lorre, Barton Maclane, Lee Patrick, Sydney Greenstreet, Ward Bond, Jerome Cowan, Elisha Cook Jr., James Burke, Murray Alper, John Hamilton.
Indicação ao Oscar: Hal. B. Wallis (melhor filme), John Huston (roteiro adaptado), Sydney Greenstreet (melhor ator coadjuvante).