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Saturday, February 27, 2010

Marlon Brando e "O Poderoso Chefão"

Marlon Brando e "O Poderoso Chefão" (03/09/2004)
MARLON BRANDO Marlon Brando (3 abril 1924 - 1 julho 2004) é considerado “o maior ator de todos os tempos” e um dos astros de cinema mais consagrados do período pós-guerra. Ídolo de toda uma geração, Brando foi um ícone de Hollywood desde o princípio dos anos 50. Seu método inconfundível e naturalista de atuar o transformou em uma das figuras mais influentes da cinematografia, abrindo caminho para discípulos como James Dean, Paul Newman e Robert De Niro. O enigmático e excêntrico ator, reescreveu as regras da interpretação. Brando destacou-se logo no início de sua carreira, no filme “Um bonde Chamado Desejo” (1951). Agressivo e muitas vezes contraditório, símbolo da rebeldia, recusou-se jogar pelas regras de Hollywood, expressando abertamente sua aversão pela indústria do cinema e pela celebridade, contudo costumava explorar sua fama para trazer a atenção às causas políticas. Nos últimos anos ele ocupava os noticiários, principalmente pelos dramas pessoais que enfrentou: seu filho matou o namorado da irmã, sendo que esta mais tarde se suicidou. Com o tempo começou a aceitar todo o tipo de papel que lhe ofereciam pelo preço que fosse. Brando foi indicado ao Oscar oito vezes e ganhou duas estatuetas: como Melhor Ator pelos filmes “Sindicato dos Ladrões (1954)” e “O Poderoso Chefão (1972)”, no qual imortalizou-se como o chefe da máfia Don Vito Corleone, um dos seus papéis mais inesquecíveis. Brando é um dos maiores enigmas das telas e nunca haverá outro como ele. O PODEROSO CHEFÃO É sem dúvida alguma um filme primoroso que retrata o poder dos mafiosos ou ítalo-americanos nos Estados Unidos da América. Francis Ford Coppola e Mario Puzo apresentam de maneira brilhante o universo e a saga da família Corleone, uma das principais famílias que controlavam a máfia em Nova York através de dinheiro sujo de jogo ilegal e bebida. O trabalho de Coppola é magnífico, sua genialidade no controle das ações e na posição das câmeras e a insistência em diálogos com poucos cortes dão margem ao talento individual. A trilha sonora é inconfundível, a fotografia realça a beleza das cenas. Com um elenco de primeira linha, encabeçado pelo monstro sagrado do cinema, Marlon Brando, o filme é uma obra-prima do cinema. Ficha Técnica: Drama / 171 minutos EUA: 1972 Paramount Pictures De: Francis Ford Coppola Roteiro: Mario Puzo e Francis Ford Coppola, baseado em livro de Mario Puzo Produção: Albert S. Ruddy Música: Nino Rota Direção de Fotografia: Gordon Willis Desenho de Produção: Dean Tavoularis Direção de Arte: Warren Clymer Figurino: Anna Hill Johnstone Edição: Marc Laub, Barbara Marks, William Reynolds, Murray Solomon e Peter Zinner Elenco: Marlon Brando (Don Vito Corleone) Al Pacino (Michael Corleone) Diane Keaton (Kay Adams) Richard S. Castellano (Peter Clemenza) Robert Duvall (Tom Hagen) James Caan (Santino "Sonny" Corleone) Sterling Hayden (Capitão McCluskey) Talia Shire (Connie Corleone Rizzi) John Marley (Jack Woltz) Richard Conte (Emilio Barzini) Al Lettieri (Sollozzo) Abe Vigoda (Sal Tessio) Gianni Russo (Carlo Rizzi) John Cazale (Frederico "Fredo" Corleone) Morgana King (Mama Corleone) Lenny Montana (Luca Brasi) Alex Rocco (Moe Greene) Tony Giorgio (Bruno Tattaglia) Victor Rendina (Phillip Tattaglia) Salvatore Corsitto (Bonasera) Al Martino (Johnny Fontane) Sofia Coppola (Criança batizada) Premiações: Ganhou 3 Oscars: Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Ator (Marlon Brando). Recebeu ainda outras 8 indicações: Melhor Ator Coadjuvante (Al Pacino, James Caan e Robert Duvall), Melhor Som, Melhor Diretor, Melhor Trilha Sonora, Melhor Montagem e Melhor Figurino. Ganhou 5 Globos de Ouro: Melhor Filme - Drama, Melhor Diretor, Melhor Ator em Drama (Marlon Brando), Melhor Trilha Sonora e Melhor Roteiro. Recebeu ainda outras duas indicações: Melhor Ator em Drama (Al Pacino) e Melhor Ator Coadjuvante (James Caan). Ganhou o Grammy de melhor trilha sonora composta para o cinema. Curiosidades: 1) Marlon Brando, que ganhou o Oscar por sua interpretação como Don Vito Corleone, se recusou a receber sua estatueta em protesto à discriminação feita pelo governo e por Hollywood aos índios americanos. Além de não comparecer à cerimônia de premiação, Brando enviou em seu lugar uma atriz que se fez passar por uma índia americana, de nome Sacheen Littlefeather; 2) O papel de Michael Corleone fora oferecido inicialmente a Warren Beatty, Jack Nicholson e Dustin Hoffman, mas todos o recusaram. Mais tarde, Al Pacino foi escolhido para o papel; 3) Robert DeNiro fez testes para os papéis de Sonny e Michael Corleone, mas não conseguiu nenhum dos dois personagens; 4) Um dos cotados para o papel de Vito Corleone foi Laurence Olivier. Frank Sinatra também esteve cotado para fazer parte do elenco, no papel de Johnny; 5) Durante a cena em que Johnny (James Caan) e Carlo (Gianni Russo) brigam, Caan realmente quebrou algumas costelas de Russo; 6) Francis Ford Coppola e Mario Puzo, autores do roteiro do filme, evitaram a todo custo utilizar a palavra "máfia" nos diálogos dos personagens; 7) A presença de laranjas nos três filmes da série O Poderoso Chefão (1972), O Poderoso Chefão 2(1974) e O Poderoso Chefão 3(1990) sempre indicava que alguém ia morrer ou que ocorreria algum atentado; 8) O Poderoso Chefão está em 3° lugar na lista dos melhores filmes dos últimos cem anos, pelo American Film Institute perdendo apenas para Cidadão Kane (1942) e Casablanca (1942); 9) O Poderoso Chefão é um verdadeiro fenômeno cultural que ultrapassou US$ 100 milhões de arrecadação. Sinopse: Don Vito Corleone (Marlon Brando) é o chefe de uma "família" de Nova York que está feliz, pois Connie (Talia Shire), sua filha, se casou com Carlo (Gianni Russo). Porém, durante a festa, Bonasera (Salvatore Corsitto) é visto no escritório de Don Corleone pedindo "justiça", vingança na verdade contra membros de uma quadrilha, que espancaram barbaramente sua filha por ela ter se recusado a fazer sexo para preservar a honra. Vito discute, mas os argumentos de Bonasera o sensibilizam e ele promete que os homens, que maltrataram a filha de Bonasera não serão mortos, pois ela também não foi, mas serão severamente castigados. Vito, porém deixa claro que ele pode chamar Bonasera algum dia para devolver o "favor". Do lado de fora, no meio da festa, está o terceiro filho de Vito, Michael (Al Pacino), um capitão da marinha muito decorado que há pouco voltou da 2ª Guerra Mundial. Universitário, educado, sensível e perceptivo, ele quase não é notado pela maioria dos presentes, com exceção de uma namorada da faculdade, Kay Adams (Diane Keaton), que não tem descendência italiana, mas que ele ama. Em contrapartida há alguém que é bem notado, Johnny Fontane (Al Martino), um cantor de baladas românticas que provoca gritos entre as jovens que beiram a histeria. Don Corleone já o tinha ajudado, quando Johnny ainda estava em começo de carreira e estava preso por um contrato com o líder de uma grande banda, mas a carreira de Johnny deslanchou e ele queria fazer uma carreira solo. Por ser seu padrinho Vito foi procurar o líder da banda e ofereceu 10 mil dólares para deixar Johnny sair, mas teve o pedido recusado. Assim, no dia seguinte Vito voltou acompanhado por Luca Brasi (Lenny Montana), um capanga, e após uma hora ele assinou a liberação por apenas mil dólares, mas havia um detalhe: nas "negociações" Luca colocou uma arma na cabeça do líder da banda. Agora, no meio da alegria da festa, Johnny quer falar algo sério com Vito, pois precisa conseguir o principal papel em um filme para levantar sua carreira, mas o chefe do estúdio, Jack Woltz (John Marley), nem pensa em contratá-lo. Nervoso, Johnny começa a chorar e Vito, irritado, o esbofeteia, mas promete que ele conseguirá o almejado papel. Enquanto a festa continua acontecendo, Don Corleone comunica a Tom Hagen (Robert Duvall), seu filho adotivo que atua como conselheiro, que Carlo terá um emprego, mas nada muito importante, e que os "negócios" não devem ser discutidos na sua frente. Os verdadeiros problemas começam para Vito quando Sollozzo (Al Lettieri), um gângster que tem apoio de uma família rival, encabeçada por Phillip Tattaglia (Victor Rendina) e seu filho Bruno (Tony Giorgio). Sollozzo, em uma reunião com Vito, Sonny e outros, conta para a família que ele pretende estabelecer um grande esquema de vendas de narcóticos em Nova York, mas exige permissão e proteção política de Vito para agir. Don Corleone odeia esta idéia, pois está satisfeito em operar com jogo, mulheres e proteção, mas isto será apenas a ponta do iceberg de uma mortal luta entre as "famílias".

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